sábado, 5 de fevereiro de 2011

O movimento em prol do brincar

       Fazer da criança um adulto em miniatura é seguramente queimar uma das etapas mais importantes do desenvolvimento infantil. Muitas vezes com rotinas tão apertadas, elas sequer tem tempo para extravasar suas necessidades e emoções em momentos de descontração e brincadeiras, muitas vezes entendida como um simples passatempo, pois talvez poucos tem a idéia de quão importante é o ato de brincar para o desenvolvimento dos pequenos.
       Para a psicologia, a brincadeira se constitui como processo permanente de tomada de decisões por parte da criança, além de favorecer que ela assuma o controle de situações, mesmo que simbolicamente, em ocasiões reais em que não teria como fazê-lo. Deste modo, a brincadeira permite que a criança resolva problemas de seu cotidiano, mesmo que em um nível de não consciência.
       Valorizar este momento faz parte do seu educador e oferecer espaços para que isto ocorra faz parte do ser escola. É fato que esta responsabilidade também cabe a família, seio onde as crianças passam a maior parte de seu tempo. Neste sentido, nossa atuação deve ser conjunta de forma que a brincadeira seja vivenciada e valorizada em ambos os ambientes.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Como uma onda no mar!


"NADA DO QUE FOI SERÁ
DE NOVO DO JEITO QUE JÁ FOI UM DIA
TUDO PASSA, TUDO SEMPRE PASSARÁ
A VIDA VEM EM ONDAS ,COMO UM MAR
NUM INDO E  VINDO INFINITO
TUDO QUE SE VÊ NÃO É IGUAL AO QUE A GENTE VIU A UM SEGUNDO
TUDO MUDA O TEMPO TODO NO MUNDO
NÃO ADIANTA FUGIR, NEM MENTIR PRA SI MESMO AGORA
HÁ TANTA VIDA LÁ FORA
AQUI DENTRO SEMPRE
COMO UMA ONDA NO MAR (...)"

       Tudo muda o tempo todo no mundo... Tudo o que vivemos de uma maneira ou de outra acaba sendo diferente de uma próxima experiência, mesmo que mantenha alguns detalhes anteriores. A grande maioria das situações sempre nos reserva surpresas e por mais esforços que façamos para identificar o que poderá vir a acontecer, somos sempre potenciais vítimas da imprevisibilidade.
       Na chegada de um novo ano, parece que essa questão se evidencia ainda mais, pois  chegam também os questionamentos sobre o que ele trará de inovador e qual será o papel de cada um em meio a tantas mudanças. E mesmo para as pessoas que são completamente conscientes da sua função as dúvidas acabam sendo inerentes.
       A disposição para acertar deverá ser um pré-requisito para que todos consigam se perceber como parte integrante e fundamental para as transformações.
       Toda modificação requer um determinado período de assimilação, para que os envolvidos possam apropriar-se dos fatores que a permeiam. É por isso, que devemos sempre ter em mente a relevância da adaptação, como uma maneira de buscar a confiança e segurança progressiva.
       Vários sentimentos poderão estar presentes nessa fase, e saber lidar com cada um deles é algo que nem sempre é fácil, entretanto ter a consciência de que nada se modifica sozinho já é um bom começo. 
       Na adaptação escolar não é diferente, quando nos referimos aos processos de adaptação que ocorrem na escola, estamos considerando diferentes pessoas, com diferentes papéis sociais. Todos os envolvidos nesse processo, vivenciam-no com intensidades e características variáveis frente à mesma situação.
       O essencial é que todos se reconheçam como altamente significativos em cada situação, buscando estratégias para aplacar possíveis dissabores e contribuir de maneira produtiva em cada momento que a adaptação, seja ela dos adultos ou das crianças, poderá proporcionar.
       Manter uma postura dialética é um passo essencial para que todos possam contribuir nesse processo permeado de incertezas e surpresas.

Aline Camila Batista de Assis
Coordenador Pedagógico