segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uma reflexão sobre currículo e programas...


Pensar no currículo e nos programas da escola como um espaço de crítica cultural e social, significa acima de tudo ter a clareza de que quaisquer que sejam nossos objetivos, estes devem nos levar a ajudar os alunos a se tornarem capazes de refletir sobre o que lhes é ensinado e que não apenas aceita e concordam passivamente com as informações que recebem. Nesta perspectiva, podemos pensar em Paulo Freire e sua teoria da “educação bancária e educação problematizadora”, onde o teórico defende a ideia de que o aluno não deve apenas receber o conhecimento e ir acumulando-o como faz, por exemplo, com o dinheiro que recebe, mas sim de que o mesmo deve ser capaz de refletir e indagar sobre aquilo que lhe é conhecido, pensado criticamente nas informações que recebe sempre a serviço de sua emancipação e libertação.
Desta forma, o educador deve entender o currículo da escola como base para a construção de atitudes e indivíduos críticos – o que só será possível se houver uma relação democrática entre sujeito e conhecimento -, sobretudo no que diz respeito a imposição e inculcação de cultura, valores e de visão de mundo de uma classe mais favorecida sobre a outra menos favorecida. Também deve explorar com os educandos as diferentes identidades culturais e sociais existentes em nossa sociedade, de modo a promover e incentivar uma cultura de paz e mais tolerante entre todos.

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